Reflexões sobre Escalada Esportiva

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O Caminho para o Bicampeonato

Depois de passar as férias em Arcos e Bocaina, com a parceria com o Refúgio Bocaina, me concentrei 100% em treinar para o Campeonato Brasileiro de Escalada de Dificuldade. Considerando que eu havia ganhado no ano passado e que meu primeiro semestre tinha sido de boas cadenas, para alguns eu era favorita. Entretanto, eu não me sentia favorita, pois estava tentando retornar ao ritmo depois de uma pausa forçada de 2 meses.

Esta condição fez com que eu tirasse um pouco da pressão que normalmente me coloco quando busco resultados e me motivasse a treinar duro no Evolução para esta competição. Foram 8 semanas de treino no muro, academia e até na rocha, pois me forcei a repetir vias que de algum modo ajudariam no meu desempenho na competição. Sem esquecer, claro, da dieta!

Nas vésperas do campeonato, não me via preparada, mas já não poderia fazer nada, apenas relaxar e me divertir com a escalada.

Chegamos sexta à noite Belo Horizonte e ficamos na casa da Raiane Melo, com quem dividimos um pouco o nervosismo pré-competição.

No sábado, o Matteo escalou de manhã e foi me atualizando sobre o seu desempenho. Fiquei muito feliz em saber que ele tinha mandado a primeira via da semifinal e chegado perto do fim da segunda, fazendo com que ele garantisse vaga em sua primeira final!

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Matteo na primeira via da semifinal. Foto: Jean Ouriques.

Matteo Semi, foto Alexandre Ferreira

Matteo na segunda via da semifinal, que foi a primeira via do Pro feminino. Foto: Alexandre Ferreira.

A semifinal do Pro foi no início da tarde e, pelo sorteio, ficou determinado que eu seria a última a escalar as duas vias deste round. A primeira via saiu sem problemas, apesar de ser no canto do muro, o que me dá a sensação de desequilíbrio, as agarras eram melhores do que pareciam. Já a segunda via estava bem difícil de leitura e eu errei alguns lances. Achei essa via dura, mas teve o melhor movimento da competição, um bote de duas mãos!

Semi, foto Alexandre Ferreira

Passada que resolvi fazendo um bote de duas mãos! Foto: Alexandre Ferreira.

Dei gana, o tempo quase estourou, mas consegui ser a única a encadenar a segunda via da semifinal e passei em primeiro para final.

A final do Amador Masculino foi a segunda via da semifinal Feminina. Matteo escalou bem, melhorou bastante do ano passada para este e terminou em sexto lugar. Independente da colocação, acho que ele aprendeu muito com esta competição, o que me deixou bem orgulhosa!

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Primeira costurada da via final do Amador. Foto: Bianca Castro.

Pontualmente às 19h30 fechou o isolamento para final Pro. Uma coisa que tem que ser parabenizada é a organização do evento. Rokaz e ABEE estão de parabéns, pois tudo ocorreu dentro do cronograma previsto.

Ao ler a via da final, fiquei bem confiante! A via parecia mais atlética e sem muito mistério de leitura. Ao escutar a torcida, fiquei com a impressão de que ninguém tinha mandado a via, mas que as meninas estavam caindo no final. De qualquer forma, saí do isolamento só pensando em escalar o meu melhor e encadenar aquela via! Escalei com bastante fluidez e mandei a via super rápido, sem hesitar, no meu modo automático, do jeito que eu gosto de escalar! Minha Dragon, apesar de estar precisando ressolar, não me deixou na mão. Não canso em dizer que adoro esta sapatilha e estou muito feliz com a parceria com a Five Ten Brasil, inclusive que está com ótimos descontos no site!

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Final do Campeonato Brasileiro de Escalada de Dificuldade. Foto: Matteo Maffizzoli.

Pódio Feminino, foto Alexandre Ferreira

Pódio Pro Feminino. Foto: Alexandre Ferreira.

Lógico que fiquei muito feliz, pois esta vitória mostrou mais uma vez que com dedicação conseguimos superar qualquer coisa. Todo esforço uma hora volta em realizações!

Parabenizo a todos que competiram e ajudaram neste campeonato, saibam que estamos ajudando no crescimento da escalada brasileira.

Para terminar a viagem, ainda conseguimos escalar domingo no Baú de Minas, graças a parceria do Felipe Franco e autorização do proprietário. Estávamos exaustos, mas conseguimos aproveitar!

Passa Vinte, o Regresso!

A Gruta de Passa Vinte é bem famosa por seu tamanho e negatividade. Eu tinha ido à Gruta pela primeira vez em março de 2013, mas infelizmente, por total descuido meu (não aqueci como deveria), lesionei o bíceps da minha coxa. Minha recuperação foi relativamente rápida, mas o regresso à Passa Vinte demorou dois anos e meio, até que vi que já tinha passado a hora de voltar.

Saímos, no último sábado de manhã em sete pessoas, mas cariocas mesmo só Matteo e eu. Carol Marteleto, Filipe Silva, Rodrigo Guizzardi, Pierre Guihéneuf e Aanoud Petermann, apesar de não serem cariocas, foram excelentes companhias nesta trip! Passa Vinte fica há 200 km aqui do Rio, então é uma ótima opção para os finais de semana chuvosos, e este foi um desses.

No sábado, acompanhando o Filipe Silva, entrei primeiro na via Left or Right (9a), que tem vários estilos em uma via só. Começa com um positivo técnico, depois tem um super negativo com movs duros (a parte que eu mais gostei da via!) e termina com uma sequência de abaulados que me derrubou rapidinho na minha tentativa em flash. Descansei bem e a cadena saiu no segundo pega!

No final da Left or Right (9a), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

No final da Left or Right (9a), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Enquanto eu tentava a Left, o Matteo entrou na Soco Inglês (7b) e Tapa na Cara (8a). Ele curtiu mais a Tapa na Cara, trabalhou bem seus movimentos e deixou a via como projeto para nossa próxima ida à Passa Vinte, que já planejamos para dezembro!

Matteo no início da Soco Inglês (7b), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Matteo no início da Soco Inglês (7b)/Tapa na Cara (8a), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Matteo no crux da Tapa na Cara (8a), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Matteo no crux da Tapa na Cara (8a), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Final da Tapa na Cara (8a), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Final da Tapa na Cara (8a), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Na descida do primeiro dia, pegamos uma bela chuva na trilha e chegamos na pousadinha da Dona Eva encharcados! Eu tinha ficado lá na outra vez e adorei a estadia, que oferece quarto de casal ou coletivo, incluindo café da manhã e, se avisar antes, ela faz um jantar bem gostoso.

Domingo acordamos com calma, comemos pão de queijo e um queijo minas fresco delicioso, arrumamos as coisas e fomos para Gruta. Primeiro entrei na Soco Inglês (7b) e, com os betas do pessoal, mandei de flash.

Entrando no crux da Soco Inglês (7b), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Entrando no crux da Soco Inglês (7b), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Mov de calcanhar bem legal no final da Soco Inglês (7b), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Mov de calcanhar bem legal no final da Soco Inglês (7b), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Entalamento no final da primeira parte da via Soco Inglês (7b), Gruta Passa Vinte. Foteo: Matteo Maffizzoli.

Entalamento no final da primeira parte da via Soco Inglês (7b), Gruta Passa Vinte. Foteo: Matteo Maffizzoli.

Depois, resolvi voltar à Gênesis (8c), via onde eu havia lesionado a perna. Eu estava na dúvida se iria entrar nela ou não, mas acabei arriscando. Na primeira entrada, caí no último crux, mas consegui betar bem os pés e mandei na entrada seguinte, fazendo bastante força, mas sem lesão! Essa via é sensacional, com certeza uma das mais legais que eu já escalei!

Bote irado da Gênesis (8c), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Bote irado da Gênesis (8c), Gruta Passa Vinte, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Não sei se todos sabem, mas eu sou apaixonada pela minha Dragon, sapatilha 5.10. Entretanto, a sola dela está bem gasta e eu estou só escalando com a Quantum nas últimas semanas, que tem um solado bem mais rígido. Em Passa Vinte há uma predominância de pés mais abaulados, o que pede uma sapatilha com solado mais macio, porém fiquei super feliz que a Quantum não deixou nada a desejar e, inclusive, seu calcanhar foi ótimo na Gênesis, que possui dois crux de calcanha!

Para finalizar a viagem com chave de ouro, pegamos uma chuva dez vezes pior do que a do dia anterior, chegamos ao carro encharcados, mas até onde eu sei, ninguém ficou doente!

Passa Vinte é realmente impressionante e muito exigente também. Tive que descansar segunda-feira e esta foi a última semana de treino forte para o Campeonato Brasileiro de Dificuldade. Semana que vem serão só dois dias de treino leve e descanso nos demais dias. Se querem saber como me preparei para este campeonato, os dois vídeos abaixo mostram um pouquinho..

Férias: Arcos/Bocaina

Enfim férias, momento que todos nós esperamos. O destino foi decidido meio que em cima da hora, mas as férias foram maravilhosa. Eu e Matteo fomos a Arcos e Bocaina. Arcos nenhum de nós conhecia, Bocaina eu já conhecia e tinha que levar o Matteo, porque lá é incrível!

Fomos primeiro a Arcos, por ser “mais perto” e caminho para Bocaina. O potencial de lá é impressionante e os dois dias que ficamos foi, com certeza, pouco tempo. No primeiro dia, o local Felipe Maia nos apresentou algumas das vias mais clássicas dos setores Leão de Judah e Vale das Sombras.

Matteo escalando a Leão de Judah (7b), que dá nome ao setor! Foto: Felipe Maia.

Matteo escalando a Leão de Judah (7b), que dá nome ao setor! Foto: Felipe Maia.

Bianca no início super boulderístico da Extraordinária (7c), Vale das Sombras, Arcos, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Bianca no início super boulderístico da Estréia (7c), Vale das Sombras, Arcos, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Matteo entrando no teto da Extraordinária (7c), Vale das Sombras, Arcos, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Matteo entrando no teto da Estréia (7c), Vale das Sombras, Arcos, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Bianca encadenando a Extraordinária, Vale das Sombras, Arcos, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Bianca encadenando a Estréia (7c), Vale das Sombras, Arcos, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Já no segundo dia, o setor Segundo Andar foi só nosso e entramos em algumas vias fáceis, porém mais longas!

Apesar do calor estava castigante, conseguimos aproveitar a escalada de Arcos, onde dos dias 30 de outubro a 2 de novembro ocorrerá o 3º Encontro de Escalada Esportiva do Rastro de São Pedro.

Por mais 250 km, de Arcos é possível chegar na Serra da Bocaina. A expectativa de passar 12 dias lá era enorme e fomos super bem recebidos pelo Refúgio Bocaina!

Como eu fiquei muito tempo parada e tive menos de um mês de treino antes da viagem, minha ideia era pegar leve e fazer volume. Entretanto, depois de um pega na via Farinha do Mesmo Saco (9b), tive que a estabelecer como projeto da viagem. A via era o meu estilo, contendo uma sequencia de movimentos difíceis de reglete como crux, e consegui encadená-la na quinta tentativa, com mais um first female ascent (FFA) para minha lista!

Farinha do Mesmo Saco (9b), Mezanino, Serra da Bocaina, Minas Gerais. Foto: Gustavo Maneira.

Bianca no descanso da Farinha do Mesmo Saco (9b), Mezanino, Serra da Bocaina, Minas Gerais. Foto: Gustavo Maneira.

Farinha 3

O Matteo teve como projeto a via Pubianos (8a), super clássica que eu já tinha encadenado na primeira vez que fui à Bocaina, e também em poucas tentativas conseguiu manda-la!

Determinação na Pubianos (8a), Paulistas, Serra da Bocaina, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Determinação na Pubianos (8a), Paulistas, Serra da Bocaina, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Matteo apertando os regletes da Pubianos (8a), Paulistas, Serra da Bocaina, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Matteo apertando os regletes da Pubianos (8a), Paulistas, Serra da Bocaina, Minas Gerais. Foto: Bianca Castro.

Depois dos projetos encadenados, nos dedicamos a escalar vias mais tranquilas, mas sempre de qualidade, característica da Bocaina.

Serra da Bocaina ao fundo!

Serra da Bocaina ao fundo!

Bianca na via Você Decide (7b), Terceiro Andar, Serra da Bocaina, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Bianca na via Você Decide (7b), Terceiro Andar, Serra da Bocaina, Minas Gerais. Foto: Matteo Maffizzoli.

Matteo escalando no setor Terceiro Andar, uma ótima opção para os dias de chuva! Foto: Bianca Castro.

Matteo escalando no setor Terceiro Andar, uma ótima opção para os dias de chuva! Foto: Bianca Castro.

Bocaina in love!

Bocaina in love!

De 9 a 18 de outubro ocorrerá o RockBocaina, o maior festival de escalada esportiva do Brasil! Infelizmente, não conseguirei ir por causa do trabalho, mas pudemos acompanhar os preparativos da infraestrutura do Refúgio e estão caprichando para receber a comunidade escaladora!

Agora de volta à rotina, o foco é voltar à forma e me preparar para o Campeonato Brasileiro de Dificuldade, organizado pela ABEE, que ocorrerá no dia 21 de novembro, em Belo Horizonte. Ou seja, as próximas semanas serão de muito treino e dedicação!

O Retorno

Eu estava sumida do blog, porque realmente não estava fazendo nada de interessante que merecesse ser postado aqui. Desde a cadena da via Barra Pesada (10a), eu não consegui escalar direito na rocha e no último mês e meio precisei parar de fazer qualquer atividade física. Estive doente, algumas viroses seguidas, mas acredito ter entendido o motivo pelo qual o meu corpo me deu esse sinal de que eu estava pegando pesado de mais, sem o descanso necessário.

Agora estou me sentindo melhor, apesar de uma alergia chata que não me deixa, e finalmente consegui retornar à escalada! Neste momento de retorno às atividades físicas é importante não se afobar e achar que é possível seguir a mesma rotina que seguia antes da pausa. Estou voltando bem devagar e consciente para evitar lesões.

No muro, o treino deverá ser de adaptação. Semana passada, fiz 4 séries de 5 barras e 5 séries de 40 movimentos fáceis, além de ter treinado na academia com uma carga mais leve que a de costume. Pretendo repetir este treino por pelo menos mais uma semana para então focar na obtenção de força, que acredito ter sido o que eu mais perdi neste período parada.

Na rocha, não é hora de estabelecer novos projetos e estou buscando repetir algumas vias. Neste final de semana, fui ao Campo Escola 2000 e consegui repetir as vias Epitáfios das Ilusões (7c), Zona Morta (8b) e Migalhas Indecentes (9a), nas primeiras tentativas. O resultado foi melhor do que eu esperava, mas me senti estranha escalando, realmente com menos força. Domingo ainda fui ao Platô da Lagoa rapidinho e repeti a via Bom Dia África (8a) equipando.

Descanso sem as mãos da via Zona Morta (8b), Campo Escola 2000, Rio de Janeiro. Foto: Matteo Maffizzoli.

Descanso sem as mãos da via Zona Morta (8b), Campo Escola 2000, Rio de Janeiro. Foto: Matteo Maffizzoli.

O importante neste momento de retorno é realmente ter paciência e aceitar as limitações, que, se respeitadas, logo serão superadas e o seu condicionamento voltará ao normal.

Outro retorno (muito desejado) que ocorreu semana passada foi a volta do Matteo ao Brasil! Ele passou 3 meses na Itália e conseguiu escalar bastante em Arco e região. Agora de volta optou também por repetir algumas vias já tinha mandado, sendo elas a Epitáfios das Ilusões (7c), Pedrita (8a) e Bom Dia África (8a). Foi bem legal ver o quanto ele evoluiu na Itália e, consequentemente, a repetição das vias saiu sem dificuldade!

Matteo logo após o crux da via Pedrita (8a), Campo Escola 2000, Rio de Janeiro. Foto: Bianca Castro.

Matteo logo após o crux da via Pedrita (8a), Campo Escola 2000, Rio de Janeiro. Foto: Bianca Castro.

Foto: Bianca Castro.

Foto: Bianca Castro.

Estou bem feliz que agora voltaremos à rotina conjunta de treinamento em casal!

Barra Pesada / Rio Boulder Festival

Com o teórico início da temporada, que infelizmente durou apenas dois finais de semana, eu animei em tentar novamente a via Barra Pesada (10a), localizada na Barrinha. Tinha entrado nela uma vez tem um tempo, mas no verão, o que tornava bem mais difícil travar em dois regletes cristais e dar o bote para o abaulado, início do primeiro crux. Com temperaturas mais amenas e por eu ter mandado rápido a via Intrusos do Sul (9c), resolvi focar na Barra Pesada.

Início da Barra Pesada (10a), Barrinha, Rio de Janeiro. Foto: Filipe Silva.

Início da Barra Pesada (10a), Barrinha, Rio de Janeiro. Foto: Filipe Silva.

No primeiro dia, achei a via bem dura, especialmente porque tive que fazer o final do primeiro crux diferente do beta tradicional, já que era uma rebotata muito esticada. Então, em vez de rebotar, cruzei. O mov ficou duro, mas factível para mim e acho que bem mais legal também! Se neste primeiro crux levei desvantagem, no final da via, para fugir novamente de um mov esticado, achei uma agarrinha que deixou bem mais seguro o último movimento da via, que já ouvi ter derrubado muita gente!

Eu dando o meu jeito para conseguir passar pelo primeiro crux. Foto: Filipe Silva.

Eu dando o meu jeito para conseguir passar pelo primeiro crux. Foto: Filipe Silva.

No segundo final de semana trabalhando no projeto, quando ainda estava friozinho aqui no Rio, caí bem no final, infelizmente por não saber de um beta que realmente facilitou, passando com solidez tanto pelo primeiro quanto pelo segundo crux da via (uma sequência de regletinhos).

Segundo crux. Foto: Filipe Silva.

Segundo crux. Foto: Filipe Silva.

Fiquei bastante esperançosa e não via a hora de voltar à Barrinha, mas foi corpus christi e eu já tinha passagem comprada para BH. O feriado foi incrível e eu adorei escalar na Bocaina!

De volta ao Rio, ainda fiquei doente durante a semana, mas felizmente sábado estava eu lá de novo na Barrinha. Entretanto, havia chovido na sexta e a rocha estava bem babada! A escalada para mim foi uma tragédia, caí duas vezes no início do primeiro crux (bote para o abaulado), mas o Pedro Cyrino, parceiro nesse projeto, caiu bem no final da via, tentando o beta novo!

Bote para o maldito abaulado! Foto: Filipe Silva.

Bote para o maldito abaulado! Foto: Filipe Silva.

Resolvi ir contra o entendimento do meu corpo de que ir dos dias seguidos na Barrinha não rende e domingo eu estava de volta com o Filipe Silva. A rocha estava bem mais seca, apesar do calor e eu consegui ficar no abaulado! Fui administrando o resto da via, aproveitando os descanso, até chegar no movimento com o beta novo, que eu não havia testado. Resolvi arriscar, mesmo estando na cadena e deu tudo certo!

Acho que mandei a via bem sólida e chegou a hora de tentar a via Vaca Louca (10b), que inclusive foi a primeira via com esta graduação escalada por uma escaladora brasileira, pela Lu Di Franco no início do ano passado (eu fui a segunda com a cadena da Lágrimas de Sangue (10b), também na Barrinha, meses depois).

Mas não é só de via que vivem os cariocas! Daqui a dois finais de semana, de 26 a 28 de junho, vai ocorrer o Rio Boulder Festival, primeiro festival de boulder em rocha realizado na cidade do Rio de Janeiro, neste primeiro ano na tradicional Urca. Inscrições aqui!

Rio Boulder

Eu já me inscrevi e garanti o kit premium, com camisa, chinelo e escovinha Zen! A inscrição também garante a participação no sorteio de vários equipamentos, gentilmente fornecidos pelos patrocinadores e apoiadores do evento, dentre os quais estão marcas que me apoiam – CAMP, Deuter, Edelweiss, Evolução e Five Ten Brasil! Tenho certeza que o evento será incrível e convido a todos a participar!

Bocaina Incrível!

Já tinha tempo que eu ouvia falar (super bem) da Serra da Bocaina. Sempre que eu ia ao Cipó, o Alexandre Fei dizia que eu tinha que conhecer o pico, amigas como Glauce Ibraim e Branca Franco falavam que a Bocaina era incrível. Então, neste último feriado, finalmente fui conhecer.

A Serra da Bocaina fica perto da cidade de Araxá (MG) e possui uma rocha linda (quartzito xistoso)! Fui em um grupo com ótimos amigos e a viagem já por isso seria ótima.

Caminho Bocaina

A caminho da falésia! Foto: Nina Felinto.

Saí de BH na quinta de manhã, junto com Nina Felinto, Luana Riscado e Edu Senra, para percorrer 400km até Araxá. Chegamos no Refúgio Bocaina por volta das 16h, que estava lotadíssimo, e ainda rolou uma escaladinha! Entrei na via Decadentes (7a), no setor Paulista, onde encontramos o resto do grupo: Glauce Ibraim, Gio Sales e Flavia dos Anjos.

Sexta-feira amanheceu bem ensolarada, mas mesmo assim fomos ao setor Terceiro Andar, o qual eu achei bem legal. O sol estava realmente castigando, mas mesmo assim o enfrentei e dei dois pegas cedo na via Grande Hotel (9a). Entretanto, sofri bastante e me escondi na sombra até o fim do dia, quando dei mais uma entrada na via e a cadena saiu! Fquei bem feliz, pois a via é linda e resumida em um crux em seu meio, o qual consegui solucionar com um beta próprio.

Enquanto eu fugia do sol, Glauce mandou a Do Próprio Veneno (7c) à vista, via localizada numa aresta que me pareceu bem estranha. Mas não foi a única cadena, a Lulu mandou em flash e o Gio e a Flavinha mandaram trabalhado!

Como estávamos acampados, era difícil dormir até tarde, então subimos novamente no sábado cedo pro pico, mas pelo menos estava nublado! Fui com o Edu direto para o setor Mezanino, que possui uma rocha maravilhosa, com tons de rosa. Entramos na via Bafo de Onça (9a), que possui dois crux: o primeiro é um dinâmico longo de dois regletes para uma agarra razoável e o segundo é mais de força em agarras de oposição.

A Bafo é uma via muito clássica e eu queria muito a cadena. Entrei duas vezes no sábado e deixamos equipadas para tentarmos no dia seguinte. No fim do dia, consegui ainda mandar de flash a Pubianos (8a), via de regletes mais técnica que foi boa para variar.

Via Pubianos (8a). Foto: Glauce Ibraim.

Via Pubianos (8a), Paulistas, Serra da Bocaina (MG). Foto: Glauce Ibraim.

Domingo subi com o Edu antes do pessoal, pois ele, Lulu e Nina iriam voltar cedo de carro, já que a viagem de volta era bem longa. Edu tinha um pega na Bafo e infelizmente a cadena não saiu. O sol estava castigando novamente! No meu primeiro pega do dia, caí no fim do segundo crux e fiquei bem esperançosa. Resolvi tentá-la de novo só quando o sol saísse, por volta das 15h e, na sombra, consegui a cadena, que foi um FFA (first female ascent).

Panorâmica da Bafo de Onça (9a). Foto: Glauce Ibraim.

Panorâmica da Bafo de Onça (9a), Mezanino, Serra da Bocaina (MG). Foto: Glauce Ibraim.

FFA!

FFA da Bafo de Onça, Mezanino, Serra da Bocaina (MG). Foto: Glauce Ibraim.

Falando em FFA, fazer FFAs tem me motivado bastante. A Bafo de Onça não possui uma graduação tão alta (hoje várias meninas escalam 9a), mas tem movimentos bem duros. Então, acho bem legal fazer FFAs, pois demonstra que determinada via difícil pode também ser escalada por mulheres, comprova que estamos evoluindo!

Concluindo, achei a Bocaina realmente incrível e a trip foi maravilhosa! Voltei domingo pra BH com a Grazi Vieira, que eu agradeço enormemente pela carona, com a vontade de escalar lá novamente muito em breve e, especialmente, levar o Matteo para conhecer. Rock Bocaina é em outubro, recomendo a todos conhecer o pico!

Campeonato Brasileiro de Boulder / Mosquetão de Ouro

Este post começará um pouco antes do seu título. Alguns dias antes do Campeonato Brasileiro de Boulder, passei quatro dias escalando em São Bento, com o Matteo Maffizzoli, Filipe Silva e Rodrigo Guizzardi. Eu queria tentar a via Fullon (10a), mas a temporada na Falésia dos Olhos definitivamente acabou e o calor e sol forte deixaram as agarras do crux com um grip péssimo! Mas, em compensação, voltei da trip com meu primeiro 9a flash, a via Inércia, no Corujas, e com a cadena da via Red Bulls (9b), extensão da Bulls On Parade, meu primeiro 9a!

Matteo na Soviética (8b), Pedra da Divisa, São Bento do Sapucaí, SP. Foto: Bianca Castro.

Matteo na Soviética (8b), Pedra da Divisa, São Bento do Sapucaí, SP. Foto: Bianca Castro.

Mais uma do Matteo na Soviética (8b). Foto: Bianca Castro.

Mais uma do Matteo na Soviética (8b). Foto: Bianca Castro.

Flashando a Vôo da Coruja (8b), Corujas, São Bento do Sapucaí, SP. Foto: Matteo Maffizzoli.

Flashando a Vôo da Coruja (8b), Corujas, São Bento do Sapucaí, SP. Foto: Matteo Maffizzoli.

O resto da semana passada eu fiquei de descanso e na última sexta-feira fui com o Matteo para Porto Alegre para competir no Brasileiro de Boulder. A verdade é que as expectativas que eu tinha criado para a competição ao longo do ano já estavam em baixa, pois com os inúmeros feriados, meus treinos ficaram prejudicados – pra mim, rocha sempre foi a prioridade – e o Matteo e eu não estávamos mais conseguindo seguir nossa dieta corretamente – desde esta segunda-feira, voltamos a ser “xiitas”! De qualquer forma, fui a Porto Alegre para dar o meu melhor.

Passei para a final em primeiro, por ter mandado um bouder de regletinho super legal, e no descanso para a final, vimos que o Matteo tinha ficado em quarto no Amador, provando que nossos treinos estão dando certo!

Matteo no Campeonato Brasileiro de Boulder. Foto: Bianca Castro.

Matteo no Campeonato Brasileiro de Boulder. Foto: Bianca Castro.

Top no boulder 2! Foto: Onsight.

Top no boulder 2! Foto: Onsight.

Depois de uma final disputada, terminei em terceiro, atrás da Camila Macedo (bicampeã) e da Janine Cardoso. O nível da competição estava bem alto, como era esperado, e os route setters fizeram um ótimo trabalho, pois as linhas estavam incríveis! Parabenizo demais à Associação Brasileira de Escalada Esportiva – ABEE e o ginásio Onsight pela organização!

Pódio Feminino. Foto: Matteo Maffizzoli.

Pódio Feminino. Foto: Matteo Maffizzoli.

Competidores e organização!

Competidores e organização! Foto: Onsight.

De volta ao Rio parecendo que eu fui atropelada, recebi ontem a notícia de que estou concorrendo ao Mosquetão de Ouro na categoria Escalada Esportiva pela cadena da via Lágrima de Sangue (10b) no ano passado. Como a cadena desta via foi super importante pra mim, com certeza o maior desafio que enfrentei até hoje na escalada, fiquei muito feliz com o reconhecimento através desta indicação. Mas mais legal ainda seria ganhar o prêmio, que, para acontecer, eu precisarei da ajuda de vocês, votando em mim aqui!

Mosquetão de Ouro

Por último, quem ainda não curtiu a fanpage do cliMBing4life, não perca tempo e saiba mais sobre o meu projeto de vida junto com o Matteo!

Semana Santa no Cipó

Não foi uma semana, mas foi santa. Tinha quase um ano desde a última vez que eu e Matteo fomo escalar na Serra do Cipó, que com certeza é o pico de escalada brasileiro onde eu mais gosto de escalar!

Eu tinha a ideia que este ano queria tentar três vias no Cipó: Ética Decomposta (9b), Coliseu (9c) e Linha da Vida (10a). Vias de estilos totalmente diferentes, acredito que eu estava mais preparada para a Coliseu, por ser mais curta e eu estar treinando força desde o início do ano. Entretanto, chegando no Cipó na sexta-feira santa de manha, na companhia da migona Renata Tavares, vi que a Ética estava quase toda equipada, e bem equipada com costurões, então decidi que deveria tenta-la primeiro.

Fomos primeiro aquecer no segundo andar da Sala de Justiça e consegui encadenar a Isquizúvia (8c) de segunda tentativa, depois de aquecer na Bárbaros (7b). Matteo mandou facilmente a Diversão Garantida (6sup) e Bárbaros também.

Matteo na cadena da Bárbaros (7b), Serra do Cipó. Foto: Renata Tavares.

Matteo na cadena da Bárbaros (7b), Serra do Cipó. Foto: Renata Tavares.

No fim do primeiro dia, fui tentar a Ética e caí no finalzinho do crux, que já é no final da via, no à vista. O boulder final é bem duro e aéreo, mas estava segura que teria uma boa tentativa no sábado de manhã, quando consegui encadena-la.

Ética Decomposta (9b), via super aérea com crux de boulder no final. Foto: Renata Tavares.

Ética Decomposta (9b), via super aérea com crux de boulder no final. Foto: Renata Tavares.

A cadena da Ética me desgastou demais, pois fiquei muito tempo na via, considerando que ela tem vários descansos e eu não consigo passar por um sem dar uma recuperadinha. Fomos conhecer a Chorrera Musical (7b), que o Matteo já queria escalar desde o ano passado. Mandei à vista e ele em seguida de flash.

No fim do dia fomos no setor Coliseu, pois eu queria conhecer seus movimentos da via que dá o nome ao setor. Encontramos o Daniel Haddad no setor e ele me passou todos os betas da via, obrigada mesmo! Caí no meio do crux, mas consegui isolá-lo sem muito problema e me apaixonei pela via, muito boa mesmo!

Domingo fomos direto para lá e aquecemos na Venga, Las Chicas (7a), via aberta por ninguém menos que Daila Ojeda, quando visitou o Cipó. De repente, o setor encheu de gente, mas que não atrapalhou nada a minha escalada, pelo contrário, passou a vibe para na primeira tentativa do dia eu conseguir mandar a Coliseu (9c).

Eu na cadena da Coliseu (9c), Serra do Cipó. Foto: Sandro Almeida.

Eu na cadena da Coliseu (9c), Serra do Cipó. Foto: Sandro Almeida.

Confesso que fiquei surpresa por ter conseguido escalar um 9c de segunda tentativa, mas de novo fico feliz em ver que os treinos estão surtindo efeito. Duas das três vias que queria mandar no Cipó este ano já estão no caderninho, agora “só” falta a Linha.

Uma dica para galera que for ao Cipó é ficar no sítio do Marcelinho Braga. Marcelinho e Monica são escaladores cariocas que foram referência pra mim quando comecei a escalar e agora estão morando em um sítio ótimo no Cipó! O sítio possui quartos de casal e coletivo, além de piscina, um murinho de escalada incrível e uma cadeira de massagem ótima!

Sítio do Marcelinho, com piscina e uma ótima infraestrutura!

Recomendo a estadia no sítio do Marcelinho, tem piscina e uma infraestrutura muito!

Murinho do sítio, ótimo para aquecer e já chegar de bicho nos projetos!

Murinho do sítio, ótimo para aquecer e já chegar de bicho nos projetos!

O Campeonato Brasileiro de Boulder está próximo e eu agradeço a todos que compraram as rifas para me ajudar! Quem não comprou e quer ajudar, pode entrar em contato comigo pelo facebook, ou comprar no Evolução! Quero logo que chegue o campeonato, pois não aguento mais treinar boulder. Quero voltar aos meus treinos de resista, pois tenho projetos na Barrinha e no início de maio vou novamente ao Cipó para tentar a Linha da Vida, via que ainda não possui cadena feminina!

cliMBing4life

O post sobre a Semana Santa na Serra do Cipó foi adiado por um motivo muito nobre. Quando estava em Red River Gorge, em outubro do ano passado, vivendo só a escalada por um mês, eu e Matteo tomamos a decisão de que queríamos mudar de vida. Percebi que a rotina usual de trabalho que somos educados a seguir não me satisfazia e o Matteo compartilha do mesmo sentimento. Decidimos então que iríamos juntar dinheiro, mudar para Europa  e viver para escalada. Um sonho que tenho desde pequena, mas a coragem só veio agora e o apoio do Matteo foi decisivo!

Aqui no Rio, eu treino no muro de escalada Evolução quatro vezes na semana e costumo escalar na rocha sábado e domingo, inclusive viajando com frequência, mas aquele mês em Red River e o contato com pessoas que viviam escalando me mostraram que esta rotina que tenho não é suficiente. Mais de meio ano desde que decidimos melhorar de vida se passou e a vontade de viver apenas escalando só aumentou!

O nosso desejo é mudar de vez para Europa no fim de 2015 e ficar, pelo menos, um ano só viajando para escalar e conhecer os mais famosos picos de escalada da Europa. Foi então que surgiu o projeto cliMBing4life, que é a ideia de contar como esta trajetória será.  Criamos uma fanpage, que você pode acessar clicando aqui, e nela divulgaremos notícias nossas, relatos sobre os preparativos para então relatar nossa jornada do ano que vem.

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Contando um pouco sobre o projeto, o plano é chegar na Europa pela Itália, onde o Matteo tem família, voarmos para Grécia e, em seguida, Turquia. Voltamos então para Itália e compraremos um furgo (motorhome) para viajar pela Europa continental. O roteiro completo será Kalymnos (Grécia), Geyikbayiri (Turquia), Arco (Itália), Frankenjura (Alemanha), Ceüse (França), Rodellar, Siurana, Margalef, Oliana e Santa Linya (Espanha) e agora “só” falta juntar dinheiro para executá-lo.

Estamos economizando fortemente e o Matteo vai inclusive passar longos seis meses a partir de maio trabalhando na Itália (e ganhando em euro!) para tentarmos garantir que a gente vá ainda este ano.

A viagem e processo de preparação até ela ocorrer serão documentados e postados na fanpage, então curtam cliMBing4life e acompanhem nosso projeto de vida, que me parece sensacional: um casal de escaladores que, cansados e incompletos com a rotina comum proposta pela sociedade de viver para trabalhar, deixa para trás a vida “normal” para viver fazendo o que mais ama, escalando. Quem não patrocinaria esta ideia? Estamos abertos a propostas!

TNF Master de Bouldering

O The North Face Master de Bouldering é uma das competições de boulder mais tradicionais na América do Sul e já está na sua oitava edição. O que posso dizer é que fiquei impressionada com o tamanho do evento e com a organização. Foram 100 competidores (número máximo pré-estabelecido pela organização) e o atraso que teve foi de 25 minutos, com pedidos de desculpa!

Fomos nove competidores do Brasil – eu, Matteo Maffizzoli, Felipe Camargo, Thais Makino, Anna Shaw, Alex Rajagopalan, Paty Antunes, Raiane Melo e Melquior Saviotti – além de dois route setters e nossa torcida, a delegação brasileira estava em peso!

Quanto a minha performance na competição, assumo que esperava um pouco mais, apesar de ter sido minha primeira competição internacional e eu estar gripada. Na qualificatória, mandei quatro boulders de primeira e um de segunda, pois saí com o pé errado e perdi uma tentativa. Já na semifinal, estava muito nervosa e dei mole em dois boulders, além de a leitura ter sido bem mais complexa que na qualificatória que era basicamente necessário só apertar.

Fora da final, pelo menos pude aproveitar um pouco a cidade e torcer muito pelo Felipe e pela Thais, que terminaram em terceiro e quarto lugar, respectivamente. O impressionante foi ver as meninas escalando, das seis finalistas, quatro estavam entre 12 e 16 anos!

Las Chicas!

Las Chicas!

Delegação Brasileira (faltando o Felipinho)!

Delegação Brasileira (faltando o Felipinho)!

Muro do evento! Foto: Nivea Berezoski.

Muro do evento! Foto: Nivea Berezoski.

Matteo Maffizzoli no boulder 1 da qualificatória masculina. Foto: Nivea Berezoski.

Matteo Maffizzoli no boulder 1 da qualificatória masculina. Foto: Nivea Berezoski.

Eu no início do boulder 5 da qualificatória. Foto: Nivea Berezoski.

Eu no início do boulder 5 da qualificatória. Foto: Nivea Berezoski.

Para finalizar a viagem, eu e Matteo fomos domingo escalar em El Arrayan com o local Nico Hernandez, chileno que morou um tempo no Cipó, onde o conheci. O pico é bem diferente, lembra um pouco Salto Ventoso, e eu gostei bastante da escalada 3D de lá.

Matteo na via La Leona (8a br), Bosque Magico, El Arrayan. Foto: Bianca Castro.

Matteo na via La Leona (8a br), Bosque Magico, El Arrayan. Foto: Bianca Castro.

Eu tentando a via Escalibur (9b br), Bosque Magico, El Arrayan. Foto: Matteo Maffizzoli.

Eu tentando a via Escalibur (9b br), Bosque Magico, El Arrayan. Foto: Matteo Maffizzoli.

No geral, gostei demais da experiência de competir no Chile e recomendo a todos a participação neste evento! Acho que é o mais próximo que temos do Campeonato Mundial e etapas de Copa do Mundo.

Para minha felicidade, meu calendário de treinamento de boulder está quase acabando, em um mês ocorrerá o Campeonato Brasileiro de Boulder, em Porto Alegre! Já começo a mesclar um pouco de resistência no meu treino, pois quero me preparar para a temporada e viagens marcadas ainda para este primeiro semestre, semana que vem o destino será o Cipó!